Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as crianças devem fazer aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses de idade, altura em que iniciam a diversificação alimentar e devem ser amamentadas, pelo menos, até aos dois anos de idade ou mais, desde que seja esse o desejo da mãe e do bebé. Saiba como deve proceder a uma amamentação correta.
A maternidade traz consigo uma bagagem cheia de expectativas que a sociedade insiste, por vezes, em descrever em tom de harmonia e facilitismo.
A realidade do dia a dia, com um bebé ao colo, acaba por se revelar mais complexa do que se tinha inicialmente idealizado. A amamentação é, muitas vezes, o grande desafio do pós-parto, o processo mais exigente de construir e gerir, principalmente quando não se tem apoio familiar e não se procura ajuda imediata de profissionais qualificados na área aquando do aparecimento de dificuldades ou dúvidas.
Na verdade, estamos todos focados num denominador comum – o fator tempo. Gerimos a nossa vida em função dele e acabamos por gostar, de certa forma, desse controlo na nossa vida, seja através de um simples relógio, de um smartphone ou de um conjunto de aplicações que, supostamente, ajudam neste processo. São estas as ferramentas com as quais se tem tentado controlar todos os horários e segundos do desenvolvimento do bebé, bem como a amamentação, com imposições, horários de mamadas, intervalos de tempo entre mamadas, hiatos temporais de idade do bebé como limite para amamentação.
Será que precisamos mesmo disso?! Se refletirmos precisamos de muito menos, ou seja, de um tempo diferente, sem relógios e tecnologia, para estar efetivamente presente, em consciência, para observar, sentir, intuir sobre o nosso bebé. No fundo, ser e estar com o nosso bebé em pleno!
A OMS recomenda ainda a livre demanda, ou seja, o bebé deve mamar quando quiser, as vezes que quiser. Neste sentido, não define um limite de idade para a criança ser amamentada, ou seja, defende que deve ser amamentada pelo tempo que a mãe e o bebé quiserem.
Para amamentar são precisas menos regras e mais espaço para a intuição materna e para uma família.
Não existem fórmulas mágicas. Existe uma família, uma mãe e uma criança, seres únicos que precisam de ser acolhidos, entendidos nas suas necessidades, compreendidos no seus sentimentos e emoções e apoiados com base nas suas intenções.
Costumo dizer a todas as famílias que acompanho na gravidez e no pós-parto que quando nasce um bebé, nasce também uma mãe e um pai. Nasce a melhor mãe e o melhor pai para aquele bebé, as únicas pessoas capazes de o alimentar, amar, proteger e comunicar e entender as suas necessidades.
Não se pretende pintar um cenário “cor-de-rosa”, mas antes evidenciar que a maternidade/parentalidade é um caminho mais leve, de intuição, autoconhecimento e conhecimento do nosso bebé, no qual as intenções de ambas as partes devem ser sempre respeitadas.
A melhor estratégia para uma amamentação bem-sucedida é a aquisição de informação credível e com validade científica, sendo o aconselhamento e apoio por parte de profissionais de saúde determinantes para tomar decisões refletidas e conscientes.
Famílias informadas e empoderadas são famílias seguras, motivadas e confiantes no cuidado da criança.
Se precisar de apoio à amamentação prestamos consultas presenciais, online e ao domicílio, sendo que existe ainda a possibilidade de aquisição de 2 packs, um de amamentação e outro de amamentação e babywearing.
